ilusão de desilusão




Envolvi-me numa escuridão sem luz, agarrei-me a algo que me possa dar fruto mas que não é nenhuma árvore para o cuidar e não deixar apodrecer. Agarro em tudo que dá vida a procura de uma voz que não se vê o rosto mas sim só o ar e a força dela, sinto que algo esta bem num mundo de males e de caminhos não identificados sem discrição e completamente sozinhos na escuridão. Agarro-me a luz mas ela foge entre meus dedos e eu fico calada sem saber o que dizer e exprimir o que estou a sentir. Agarro-me a algo que me ponha em pé mas tudo parece me levar para um túnel fundo sem fim e sem saída, tudo parece dês largar a minha mão e deixar-me ir sem destino e sem medos de magoar. Parece que o mundo hoje fluiu num cale sem semente plantada e sem nenhum cultivo ao seu redor, parece que algo deu vida a uma flor sem semente que nasceu ali sem ninguém pedir sem ninguém ordenar. Respiro ar tal como o vento me dá oxigénio e a árvore expira dióxido de carbono, parece que tudo é oco em mim, sem sentido e sem explicação, sento-me varias vezes ao dia sem ter vontade de me levantar já mais, pois não há motivo para seguir em frente, só desilusões e ilusões não há sorte enquanto não a pedires. Respiras e voltas a fazer-lo vezes sem conta para não abafar, mas teu coração pára de bater e tu continuas a andar mesmo estando sentada, algo te puxa mas não tem identificação, tu queres os dias de verão mas ainda faz chuva as que continuam a cair-te pelo resto para disfarçar a lágrima que varias vezes cai sem ter motivo para cair. Tu sofres mas não mostras e ai tu ficas isolada e não sabes como nem porque pois a ilusão apoderasse de ti durante o dia, pois a noite estas de olhos fechados e a sonhar como tudo seria diferente se o mortal voltasse a vida, aquele da qual sentes falta e não consegues admitir. 

Tu continuas a escrever mas a tua alma já não tem letras e ninguém te vai compreender 
mesmo que essa escrita seja a mais clara para ti, pois só tu sabes o que escreves e o que consegues ler.


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